CASO LAJES

Ao longo da nossa investigação nos deparamos com a necessidade de nos aprofundar em um caso específico, no qual alguma cidade esteja sofrendo com a implantação de novos Parques Eólicos, para entender essa situação em uma totalidade e em menor escala. Fazendo uma pesquisa geral, nos deparamos com a cidade de Lajes, no Rio Grande do Norte. Ela nos chamou atenção, pois ultimamente tem estado nos holofotes por conta da aprovação da construção de um dos maiores parques eólicos do Brasil dentro da Serra do Feiticeiro, uma área de preservação e proteção de exeplares da fauna e flora sertaneja.

A cidade, antigamente, era uma fazenda pertencente a Francisco Pedro de Gomes Melo em 1825. Foi fundada principalmente pela sua localização, pois se situava estrategicamente nos caminhos do sertão, tornando-se ponto de encontro e descanso de boiadeiros e fazendeiros em viagens à procura de negócios. Hoje em dia, Lajes se tornou uma das três capitais dos parques eólicos no RN por conta da suas condições favoráveis do vento. Isso acontece devido a um sistema de alta pressão que se forma sobre o oceano e intensifica mais os ventos durante o dia, ou seja, os ventos entram com maior facilidade em direção ao continente.

Esse é um dos casos em que a Energia Eólica, vista como uma energia limpa, se torna um maleficio tanto para a fauna e flora que compõe a Caatinga, trazendo um risco para a diversidade do local, visto que para a implantação desse novo parque eólico, será necessário a abertura de vias, corte de vegetação e pavimentação de áreas para e estruturação dos aerogeradores. Por ser uma área de preservação e por conseuência ser menos populosa, donos de empresas veem isso como uma abertura para construírem usinas eólicas dentro dessas áreas da caatinga como na Serra do Feiticeiro, um patrimônio paisagístico, cultural e ambiental do Rio Grande do Norte. O empreendimento, que já está em fase de construção terá 102 aero geradores, com capacidade de 632,4 MW e ocupará 1.879 hectares sendo que grande parte será da Serra do Feiticeiro.

O Ministério Publico do RN entrou com um pedido de cancelamento desta licença, pois pode levar a extinção de espécie já ameaçadas além de desmatar área de preservação permanente da Caatinga, também pediu que o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (IDEMA) crie uma Unidade de Conservação de Proteção Integral na área da serra do Feiticeiro e serras adjacentes, que deverá ser uma “área prioritária para conservação da biodiversidade do bioma Caatinga, na categoria importância biológica extremamente alta”.

Lajes - RN

Altitude: 199 m
Área total: 676,625 km²
CEP: 59535-000
Clima: Semiárido (Bsh)
Fundação: 3 de dezembro de 1923 (100 anos)
Fuso horário: Hora de Brasília (UTC−3)
IDH (PNUD/2010): 0,624 — médio